AS FOCAS E ELEFANTES MARINHOS
FAMÍLIA PHOCIDAE
   
FOCA COMUM PHOCA VITULINA
FOCA DA GRONELÂNDIA PHOCA DE GROENLANDIA
FOCA - MONGE
MONACHUS MONACHUS
SUB-FAMÍLIA MONACHINAE
LEOPARDO MARINHO HYDRURGA LEPTONYX
ELEFANTE MARINHO ANTÁRCTICO MIROUNGA LEONINA
ELEFANTE MARINHO ÁRCTICO MIROUNGA ANGUSTIROSTRIS
   

As focas e os elefantes marinhos são mamíferos que passam a maior parte do tempo nos oceanos. São mais comuns nas zonas articas e antárcticas mas algumas espécies vivem em mares tropicais.
As focas distinguem-se fácilmente dos leões marinhos visto estes terem orelhas externas. As focas só têm um oríficio. Os elefantes marinhos que são parentes bem próximos das focas e que estão incluídos na mesma família, são gigantescos.
Outra característica das focas é a habilidade de se moverem com ajuda da cauda.
As focas e os elefantes marinhos são mamíferos que passam a maior parte do tempo nos oceanos. São mais comuns nas zonas árcticas e antárcticas mas algumas espécies vivem em mares tropicais.
As focas distinguem-se fácilmente dos leões marinhos visto estes terem orelhas externas. As focas só têm um oríficio. Os elefantes marinhos que são parentes bem próximos das focas e que estão incluídos na mesma família, são gigantescos.
Outra característica das focas é a habilidade de se moverem com ajuda da cauda.

Elefante marinho Antartico

O Elefante marinho Antárctico é natural dos mares próximos da Antárctida e podem-se encontrar em todas as águas a Sul do Trópico de Capricórnio.

Procriam em quatro regiões específicas:
- a sul da Nova Zelândia
- a sul do Atlântico, em colónias nas Malvinas e na ilha Cough e Antarctida
- em ilhas a sul do Oceano Índico
- na península Valdes na Argentina


As populações do Pacífico e do Índico diminuíram consideravelmente nos últimos cinquenta anos. As do Atlântico estão a aumentar.
Têm normalmente um filhote em cada parto. O período do gestação é de aproximadamente 10 meses. As mães dão à luz na terra. Os recém-nascidos pesam de 30 a 40 quilogramas. A mãe alimenta-os durante 23/25 dias. A longevitude é de aproximadamente 40 anos embora actualmente esteja mais reduzida. Alimentam-se de peixes e complementam a sua dieta com crustáceos. O elefante marinho antartico é o gigante na família das focas. Um macho do adulto chega a medir 6 metros de comprimento e um peso de 4000 quilogramas. As fêmeas são muito menores tendo 3.7 metros de comprimento e 900 quilogramas de peso. Ao elefante marinho do antárctico também se chama Elefante Marinho do Sul e Southern Elephant Seal.

Elefante Marinho Ártico


O elefante marinho árctico é natural da costa do Pacífico de America do Norte. Procriam nas ilhas próximas do continente e extendem-se aaté Vancouver e os machos chegam até ao Alaska.

Normalmente tem somente um filho em cada parto. O período do gestação é de aproximadamente onze meses. Os recém-nascidos pesam de 30 a 40 quilogramas. A mãe alimenta-os até aos 26/28 dias e depois têm que se valer a si mesmos. Têm quatro a seis semanas para aprender, pelo instinto, a nadar e a caçar e então partem para o mar. Uma terça parte dos filhotes não sobrevivem para além dos primeiros 6 meses.

Os machos vivem cerca de 14 anos. As fêmeas vivem 20 anos. Um macho do adulto mede cerca de 4.5 metros de comprimento e 2500 quilogramas de peso. As fêmeas medem aproximadamente 3.6 metros e pesam aproximadamente 900 quilogramas. Estes animais podem submergir até uma profundidade de mais de 1000 metros e podem manter-se à superfície por mais de uma hora.

A alimentação consiste em peixe e lulas.

O seu principal inimigo é o tubarão e as baleias assassinas.

Foca Comum

A Foca Comum é natural das costas do Hemisfério Norte. No Atlântico é natural do Sul da Gronelândia e da Islândia e no Pacífico chega desde o mar Bering desde o Japão e Califórnia nos EUA. A Norte da Europa, nas ilhas svalbarde desde o mar Barents até Portugal.
Não é uma espécie migratória. Da Primavera ao Outuno é possível vê-la em agrupamentos de várias centenas.
Demonstra preferência pelas costas protegidas: baías, rios e outros lugares onde não haja correntes fortes. Nomalmente têm uma cria em cada parto.

O período de Gestação é de 10 mêses e meio a 11 meses. A mãe cuida do bébé e alimenta-o durante 3 a 4 semanas. Depois o mãe vai embora e o jovem tem que se valer a si mesmo. As fêmeas têm uma longevidade de 35 a 40 anos e os machos menos 10 anos. Alimentam-se de peixes, e lulas e complementam a sua dieta com crustáceos.

A Foca Comum é pequena. Os machos medem cerca de 1,3 a 1,9 metros e pesam 100 kg. As fêmeas medem de 1,2 a 1,7 metros com um peso de 45 a 80 kg. A Foca Comum também se chama foca holoártica e em inglês é conhecida por Harbor Seal.

Foca da Gronelândia

A Foca da Gronelândia é natural do Norte do Oceano Atlântico e nas costas do oceano Árctico ao Note de Eurasia. A sua distribuição estende-se desde as costas a nordeste do Canadá até às águas do mar branco, o mar Laptev a norte da Russia.
Normalmente tem um filho em cada parto e o período de Gestação é de 11 meses.

As mães dão à luz sobre o gelo.

A sua longevidade é de 30 anos. Alimenta-se de peixes e invertebrados.Mede cerca 1,8 a 2,0 metros e pesa entre 130 a 150 anos. A esta Foca tembém se chama Foca Pia e em inglês é conhecida por Harp Seal.

Leopardo Marinho

Os Leopardos Marinhos são naturais dos mares da Antárctida. A maior desta espécie permanece a Sul dos Continentes Sudamericano, Africano e Australiano. Os adultos vivem nas águas congeladas todo o ano. Normalmente tem uma cria em cada parto. As mães dão à luz sobre o gelo.Os recém nascidos medem cerca de 1,2 metros. São alimentados pela mãe durante 4 semanas.

As fêmeas são adultas aos 4 anos e os machos 6 meses mais tarde. A sua longevidade não ultrapassa os 25 anos. Os machos medem entre 2,8 e 3,4 metros e pesam entre 300 a 450 kg. As fêmeas medem entre 2,9 a 3,8 metros e pesam entre 360 a 590 kg.

Alimentam-se de lulas e peixes e ainda de pinguins e outras aves.

De todas as focas e leões marinhos estas são as mais agressivas. São uma ameaça verdadeira a outras colónias de animais na Antárctida.

Foca-Monge

A Foca-monge do Mediterrâneo ou Lobo-marinho, Monachus monachus, como é conhecida no arquipélago da Madeira, é a foca mais rara do mundo e uma das espécies animais mais ameaçadas de extinção. A sua população não ascende aos 400. Estes animais podem viver por 20 ou 30 anos no meio selvagem.
É a única espécie de foca que vive em território português, mais concretamente nas Ilhas Desertas (Arquipélago da Madeira).
Contrariamente às outras focas, estas vivem em águas relativamente quentes, constituindo diferentes populações em zonas tropicais e subtropicais.
Esta população atlântica do lobo-marinho é a menos numerosa e menos dispersa, restringindo-se às Ilhas Desertas e Mauritânia.
Vive em pequenas ilhas desabitadas e zonas da costa bastante escarpadas e de difícil acesso, onde as grutas têm, muitas vezes, entrada submarina.
Na Madeira, parece existir um pequeno núcleo de lobos-marinhos na Ponta de São Lourenço, e nas Ilhas Desertas reside uma colónia com cerca de 23 indivíduos. Esta colónia, encontra-se em recuperação, verificando-se um aumento do número de nascimentos que ocorrem por ano, de 1 para 3. Tem-se verificado, também que os animais estão a readquirir segurança no seu habitat natural.

Devido à acção nefasta do Homem, os Lobos-marinhos apenas podem ser encontrados em pequenos núcleos dispersos pelo Mediterrâneo, em Cabo Branco na Mauritânia, onde reside a maior colónia com cerca de 100 membros e, claro está, nas Desertas, onde tem existido uma grande recuperação.

As primeiras referências à Foca Monge na Madeira datam de 1420 por João Gonçalves Zarco e a sua equipa. A vocalização destes animais era semelhante às dos lobos pelo que lhes atribuíram o nome de Lobos-marinhos e o lugar passou a ser conhecido como Câmara de Lobos. A partir dessa altura foi fim da vida serena e despreocupada que as focas por cá levavam há milénios. A perseguição às focas era motivada por crenças sem fundamento e pelo seu valor comercial e mais recentemente a maior ameaça para estes animais tem residido no aumento da actividade humana basicamente na pesca. O conflito entre Lobos Marinhos e pescadores acentuou-se, agravando a situação.

Elas estão ameaçadas pela matança deliberada por os pescadores ainda considerarem essa espécie como uma peste visto contribuírem para a redução da pesca, pela redução da disponibilidade de alimentos e pela destruição do habitat e a poluição. As ameaças à espécie incluem doenças e algas venenosas. Como estas focas monge do Mediterrâneo são sensíveis ao distúrbio produzido pelo homem, o contínuo processo de desenvolvimento em seu habitat tem um impacto significativo na espécie.

Assim, a observação de lobos-marinhos em praias abertas das Ilhas Desertas é algo raro e inédito devido alteração dos seus hábitos, procurando refúgio em locais menos acessíveis, como as grutas com praias interiores.

O Lobo Marinho estava a desaparecer da Madeira. O alerta estava dado. Era necessário acabar com este historial de mortes que estavam a levar as focas à extinção.
Tentaram salvar a foca monge da extinção e em 1988 deu-se início à construção da Estação de Vigilância da Doca que iria permitir a permanência constante de uma equipa de Vigilantes da Natureza que tentavam desencorajar eventuais práticas ilegais que ameaçassem a vida das 6 a 8 focas que haviam conseguido sobreviver aos repetidos massacres.

O macho adulto tem, em média, 2,4 metros de comprimento e pesa cerca de 315 quilos. As fêmeas são ligeiramente menores, pesando perto de 300 quilos. Os adultos geralmente são da cor café ou cinza nas costas e mais claros no ventre, com uma mancha branca na parte baixa do ventre. Os machos mais velhos tendem ao negro. Os filhotes nascem com mancha branca ou amarela na barriga. Podem dormir à superfície da água, podendo parecer inanimado. No entanto, após um período de sono que pode durar 12 minutos, têm de se movimentar para respirar. Dependem da terra para repousar, utilizando essencialmente praias no interior de grutas. No entanto, podem também utilizar praias abertas.

Devido à exclusão de seu hábitat provocada pelo abuso do homem, na actualidade as fêmeas têm suas crias apenas em covas, em áreas remotas e relativamente tranquilas. Acredita-se que os machos e as fêmeas cheguem à maturidade com a idade de quatro anos. As crias nascem ao longo de quase todo o ano, embora o índice maior de nascimento ocorra nos meses de Setembro e Outubro. Apresentam uma pelagem negra e de aspecto lanoso, característica dos recém-nascidos desta espécie. Os filhotes podem nadar e mergulhar com duas semanas de idade, e são desmamados entre 16 e 17 semanas.

A espécie está em perigo crítico de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN) e no Apêndice I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna eFlora.